Terra Quebrada - Parte 2: Além da Montanha

Conheça um pouco do que há além dos limites do reino de Dragão Anão

A grande Ilha da Montanha é o centro geográfico e econômico de Terra Quebrada, sendo governada, principalmente, pelo reino de Dragão Anão. Mas existem inúmeras ilhas ao seu redor, algumas de extrema importância, outras que representam grande perigo aos reinos e também há aquelas menores que um navio, indignas de nome.

Os exploradores que chegaram ao arquipélago ocuparam, de início, sua ilha central, mas logo aventuraram-se pelas outras ilhas, procurando possíveis lugares habitados. Suas principais descobertas foram os bárbaros que habitavam Nordia, a imensa ilha gelada ao norte da Ilha da Montanha e uma estranha cidade em ruínas em uma ilha ao oeste.

O Arquipélago

Outras ilhas foram sendo colonizadas ao longo da história de Terra Quebrada, cada uma carregando seu motivo junto da bagagem. Os reinos de Fiodore e Grande Machado são grandes exemplos disso. O Porto da Liberdade, situada na Ilha do Caolho, é considerado uma grande ameaça à economia dos reinos de Terra Quebrada, mas sua fundação é completamente desconhecida. Alguns dizem que ele está lá desde antes da chegada dos primeiros exploradores.

Fiodore, o reino da Ilha dos Ancestrais

Essa grande ilha, a oeste da Ilha da Montanha, foi a segunda a ser habitada pelos exploradores que chegaram a Terra Quebrada. Uma cidade em ruínas foi encontrada em uma imensa clareira em meio à densa floresta que ocupa quase toda a extensão da ilha. Uma nova cidade foi fundada sobre as ruínas, a Cidade Ancestral, que logo atraiu estudiosos que passavam muito tempo estudando o chamado Povo Ancestral, os antigos habitantes da ilha. Logo a cidade se tornou a capital do reino de Fiodore, composta também pela cidade portuária Brivile e as várias aldeias pescadoras, no litoral, e lenhadoras, no interior.

As ruínas de Fiodore, o tumulo de uma civilização esquecida e guardiã de antigos segredos.

O seu primeiro regente, Fiodore I, foi o responsável pela unificação de toda a ilha, que ocorreu de forma pacífica. O reinado continuou nas mãos de seus herdeiros, mas cada cidade e aldeia possuem seu próprio líder, conservado as relações mais amistosas possíveis entre os habitantes da ilha.

Hoje, o próspero reino de Fiodore mantém contato com todos os reinos, sendo seu principal produto a madeira. Grandes estaleiros constroem navios que acabam sendo bem mais baratos que em qualquer outro lugar, preservando também uma qualidade superior. As várias aldeias pesqueiras abastecem todo o reino, assim como as cobiçadas frutas encontradas na floresta. O reino é, sem dúvida alguma, o mais pacífico de Terra Quebrada, mas nada que esconda sua grande economia.

Loire, O Novo Lar

A Ilha de Canocava, popularmente chamada de Novo Lar, é a mais próxima da Ilha da Montanha, estando a nordeste desta. Recebeu esse nome devido ao mais recente dos grandes acontecimentos em Terra Quebrada. O reino de Grande Machado estava sofrendo com o avanço da Área Abissal, que consumia o seu território pouco a pouco. Seu regente, Loire III, apoiado pelo reino de Dragão Anão, usou todo o tesouro reservado para o transporte da população para a Ilha de Canocava, fixando ali seu reino.

Ali, a população estabeleceu uma cidade portuária que hoje abriga quase todos os habitantes do reino. Outras pequenas aldeias podem ser encontradas ao longo da ilha, ainda sob as ordens de Grande Machado. Porém, unificar o reino não foi uma missão fácil, as brigas pela distribuição de terra se tornaram comuns e a desordem tomou conta do reino. Perante essa situação, Loire III precisou declarar-se ditador, governando com pulso de ferro. E assim a ordem social e econômica se estabeleceu.

Após a morte do regente, a cidade foi nomeada de Loire, homenageando assim o grande herói desse povo. Hoje, a economia do reino é basicamente de subsistência, constituída de troca, com fluxo mínimo de dinheiro. Porém, a capital é um importante centro de comércio naval, pois faz uma ligação entre a cidade de Portomar e todas as outras ilhas.

As terras bárbaras de Nordia

A ilha gelada ao norte da Ilha da Montanha tem sua verdadeira extensão desconhecida pelos reinos de Terra Quebrada, uma vez que nenhuma expedição enviada foi completamente bem sucedida. Os grandes icebergs ao seu redor dificultam a navegação e o clima hostil do lugar pode congelar homens em poucas horas. É exatamente por isso que a ilha de Nordia é um lugar de mistérios para os habitantes de Terra Quebrada.

Exploradores encontraram várias tribos na ilha gelada, seus habitantes são humanos extremamente grandes, com corpo coberto por pelos claros. Os exploradores os chamaram de bárbaros, mas os estudiosos afirmam que eles estão ali há mais tempo do que os qualquer outro povo.

Guerreiro bárbaro de Nordia. Homens que não sentem medo ou hesitação. 

Existe também uma enorme tribo de minotauros, seres muito mais fortes e inteligentes que os outros habitantes. É a maior tribo já descoberta em Nordia, e a mais hostil delas.

Vários reinos apresentam interesse pelas terras de Nordia, devido a grande quantidade de metais, que vai desde ouro e prata, até metais desconhecidos pelos exploradores. Alguns desses reinos já organizaram expedições militares, vencendo algumas aldeias litorâneas por vantagem numérica, uma vez que nenhuma delas se une para combatê-los. Entretanto, mesmo em menor quantidade, os bárbaros são extremamente perigosos devido a força física acima do comum, e as condições favoráveis do ambiente. Por causa disso, jamais uma ordem de extração de metais foi bem sucedida, mas as inúmeras investidas dos reinos contra os povos bárbaros estão aos poucos tornado possível essa tarefa.

A Ilha do Caolho

Essa minúscula ilha, a sudeste da Ilha da Montanha é o lar dos bucaneiros do Porto da Liberdade, a única cidade do lugar. Está situada em uma região estratégica, na ponta inversa a ilha central, para se defender dos iminentes ataques de diversos reinos, uma vez que o Porto da Liberdade é uma ameaça a economia marinha de Terra Quebrada, por causa de seus piratas, que saem de lá e vão para qualquer lugar onde o navio possa flutuar.

A cidade é imunda, assim como os seus freqüentadores. É basicamente composta por tavernas, hospedarias e lojas de equipamentos e suprimentos para longas viagens. Abrir qualquer comércio no Porto da Liberdade é perigoso demais, pois não há um lugar onde não se tenha sua mercadoria saqueada, por isso o comércio ilegal, o que realmente rende dinheiro, acontece no atracadouro, geralmente dentro dos próprios navios. Vários comerciantes passam por ali, comprando produtos baratos para vender pelas cidades portuárias de diversos reinos, conseguindo assim altos lucros.

Piratas do Porto da Liberdade. Pilhar, saquear e beber rum embalado pelas canções que vêm do mar... Já pensou em algo melhor que isso? Eles não! 

Lendas de tesouros perdidos e fantásticos seres marinhos são contadas por bêbados em qualquer taverna que se entre. Uma das histórias mais contadas, fala sobre o pirata caolho que teria fundando a cidade, cujo nome é diferente a cada vez que a historia é narrada. Talvez nenhuma delas corresponda a história verdadeira, tudo o que se sabe é que a cidade está lá, assim como os piratas... E o rum.

Continua...

Mário Gobbo